PenseLivre On Line

Como dizia apropriadamente Samuel Wainer: A PENA É LIVRE, MAS O PAPEL TEM DONO.
Os blogs permitem que, por algum momento, possamos ter a pena livre e, ao mesmo tempo, ter a propriedade do papel.
Neste blog torno públicas algumas reflexões pessoais, textos e publicações pinçadas da web e que me fizeram pensar e repensar melhor a realidade.
Este blog é uma pretenção cidadã e...nada mais!

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

DUBAI e trabalho escravo

O destaque de Dubai como centro mundial de negócios contrasta com a situação de miséria e de violação de direitos humanos dos trabalhadores na construção civil - grande parte deles migrantes provenientes da Índia, Bangladesh, Paquistão, Afeganistão, Yemen, Sri Lanka, Etiópia, Filipinas, China ou Síria. Mal pagos e mal alojados, têm sido submetidos a formas de exploração comparáveis às vigentes durante a Revolução Industrial, sendo muitas vezes obrigados a trabalhar sob temperaturas que podem superar 50 °C. São frequentes os casos de suicídio entre os operários. Segundo Sharla Musabih, diretora do abrigo Casa da Esperança, destinado a mulheres vítimas de violência, Dubai progrediu muito economicamente nos últimos 10 anos, mas as condições dos trabalhadores são semelhantes às do século XIX.
O texto acima foi copiado da Wikipédia, a enciclopédia livre.

Por algum momento alimentei a possibilidade de conhecer Dubai. Como procuro adquirir um mínimo de conhecimento sobre os lugares para onde desejo viajar, arquivei definitivamente esse desejo. DUBAI FOI CONSTRUIDA COM TRABALHO ESCRAVO e A MANUTENÇÃO DA CIDADE CONTINUA SENDO FEITA COM ESSE MESMO TIPO DE TRABALHO. Dezenas de milhares de trabalhadores imigrantes provenientes do Egito, Índia, Paquistão e de vários países africanos e de outras nações sobrevivem em Sonapur. Tentei encontrar Sonapur no Google Maps, em vão. Lá moram em torno de 300.000 imigrantes, algo como cinco vezes a camunidade da Rocinha no Rio de Janeiro. Ficam impedidos de retornarem a seus países de origem porque seus passaportes são retidos por seus empregadores ou pelos agentes que os trazem.

Para os EUA o mundo é um campo de batalha


Acabo de ler GUERRAS SUJAS - O mundo é um campo de Batalha, publicado pela Editora Companhia das Letras. Seu autor, Jeremy Scahill, jornalista investigativo, é estadunidense e ganhador do cobiçado prêmio jornalístico George Polk em 2007.

O tema do livro é assustador: as ações secretas das forças armadas norte-americanas.em vários países pelo mundo. Em nome do combate ao terror, a máquina de matar dos EUA não respeita nenhuma regra (nem as da ONU), nenhuma lei (nem a própria Constituição) e nenhuma fronteira (mesmo sem guerra oficialmente declarada).

Se alguém imaginava que a morte de Osama Bin Laden pudesse significar algum arrefecimento nos assassinatos sem julgamento cometidos pelos Comandos de Operações Especiais do império americano, se enganou. No governo Obama as operações de caça e morte de supostos terroristas mais do que dobraram. Na página 658 consta uma afirmação do Comando de Operações Especiais-SOCOM de que suas forças estão presentes em mais de cem países. Estará o Brasil nesta lista?


Jeremy Scahill
E se alguém também pudesse imaginar que a segurança dos norte-americanos melhorou, também se enganou. O autor do livro deixa na página 664 as seguintes perguntas: "Nossos próprios atos, executados em nome da segurança nacional, estão nos deixando mais seguros ou menos seguros? Estão eliminando mais inimigos do que os incentivando?" O livro mostra que, na realidade, a expansão do campo de batalha para o resto do mundo mostra que os norte-americanos estão a cada dia menos seguros na medida diretamente proporcional aos inimigos que vão criando.

O livro merece ser lido. Concluo com a frase final do livro: AQ pergunta que todos os americanos devem se fazer vem sendo adiada penosamente: como se acaba com uma guerra como essa?

Marina Silva, o Brasil e a CIA

Quem já leu GUERRAS SUJAS de Jeremy Scahill não vai se surpreender com o conteúdo da matéria que transcrevo abaixo, publicado no site Grupo Beatrice.


Marina Silva é atual candidata do Partido Socialista à presidência do Brasil. Em meados dos anos 1980s, ela já atraíra a atenção da CIA, quando frequentava a Universidade do Acre. Naquele momento, estudava marxismo e tornara-se membro do Partido Comunista Revolucionário, clandestino. Durou pouco aquele ‘compromisso’: ela rapidamente se transferiu para a ‘proteção do meio ambiente’ na Região Amazônica. Os serviços especiais dos EUA sempre tiveram interesse muito especial naquela parte do continente, na esperança de construírem meios para controlar a área no caso de emergência geopolítica. A CIA fez contato com Marina Silva. Não por acaso, em 1985 ela alistou-se no Partido dos Trabalhadores (PT), o que lhe abriu novas possibilidades de crescimento político.

Em 1994, Marina Silva foi eleita para o senado brasileiro, com fama de ativista apaixonada a favor da proteção ao meio ambiente. Foi quando começaram a circular informações sobre laços entre Marina Silva e a CIA. Em 1996, ela recebeu o Goldman Environmental Prize.
[1] E recebeu inúmeras outras importantes condecorações: é praxe, quando se trata de ‘candidatos’ que a CIA tem interesse em promover, que o ‘candidato’ seja coberto de medalhas e condecorações.

Marina Silva serviu como ministra do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que, interessada em ‘voos mais altos’, e preterida, ela abandonou o Partido dos Trabalhadores e mudou-se para o Partido Verde, de início dedicada a protestar contra políticas ambientais apoiadas pelo PT.  Foi realmente um choque, na política brasileira, que a ex-ministra tenha mudado tão completamente de lado, depois de quase 30 anos de atividade a favor do Partido dos Trabalhadores.

Nas eleições de 2010, a candidata da CIA obteve quase 20 milhões de votos, como candidata do Partido Verde; na sequência, para as eleições de 2014, aceitou lugar na chapa de Campos, como vice-presidenta, quando fracassaram seus esforços para criar seu ‘não partido’, mas ‘rede’, chamada “Sustentabilidade”. Dilma Rousseff, candidata do PT contra a qual se alinhavam já em 2010 todas as demais candidaturas, trazia planos para dar continuação às políticas independentes do presidente Lula. Nada disso interessava a Washington em 2010, como tampouco interessa hoje, em 2014.

Daquele momento até hoje, as relações entre Brasil e EUA só fizeram piorar, resultado do escândalo da espionagem & escutas clandestinas. A Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou a presidenta Dilma Rousseff e membros de seu gabinete. A presidente brasileira chegou a cancelar visita oficial que faria aos EUA, como sinal de protes. Os EUA jamais apresentaram pedido de desculpas ou comprometeram-se a pôr fim às atividades de espionagem. A presidenta Dilma, então, agiu: denunciou as atividades da Agência de Segurança Nacional e da CIA dos EUA na América Latina e tomou medidas para aumentar a segurança nas comunicações e controle sobre representantes dos EUA ativos no Brasil. Obama não gostou.

As eleições presidenciais no Brasil estão marcadas para 5 de outubro. E  Washington está decidida a fazer de Dilma Rousseff presidenta de mandato único. Não há dúvida alguma de que os serviços especiais já iniciaram campanha para livrar-se da atual governante brasileira. Começaram a agir com movimentos de protesto ditos ‘espontâneos’, que encheram algumas ruas e foram amplamente ‘repercutidos’ na imprensa, nos quais os ‘manifestantes’ pedem mudanças (aparentemente, qualquer uma, desde que implique ‘mudança de regime’) e o fim das “velhas políticas” [de fato, nenhuma política é ou algum dia será ‘mais velha’ que o golpismo orquestrado pela CIA no Brasil e em toda a América Latina (NTs)]. Ouviram-se grupos de jovens em protestos contra a propaganda e os símbolos dos partidos políticos, especialmente do PT.

Não se sabe até hoje de onde surgiram os recursos com os quais Marina Silva começou a organizar sua ‘rede’ Sustentabilidade. A nova ‘organização’ visava a substituir os partidos tradicionais, que a candidata declarou ‘velhos’. Tendo obtido 19 milhões de votos, o que lhe valeu o 3º lugar nas eleições passadas, ela contudo não conseguiu cumprir todas as exigências legais para criar oficialmente sua nova ‘rede’. Até que a tragédia que matou Eduardo Campos e seis outras pessoas, perto de São Paulo, mês passado, deu a Marina Silva uma surpreendente segunda chance para tentar chegar à presidência do Brasil. Para conseguir ser a primeira mulher mestiça a chegar à presidência do Brasil, terá de derrotar a primeira mulher que chegou lá antes dela, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, PT; além o candidato Aécio Neves do PSDB, partido pró-business, que hoje amarga um 3º lugar nas pesquisas. A Casa Branca tem-se sentido frustrada.

Dia 13 de agosto, a campanha eleitoral presidencial no Brasil foi lançada em área de incerteza, quando um jato que conduzia o candidato do partido socialista, Eduardo Campos, tombou sobre bairro residencial próximo de São Paulo. Morreram o candidato e seis outras pessoas, passageiros e da tripulação, no acidente que pode ter acontecido por causa do mau tempo, quando o Cessna preparava-se para pousar. As mortes geraram uma onda de comoção nacional, que provavelmente evoluirá para especulações sobre o efeito que terão nas eleições do próximo 5 de outubro. A presidenta Rousseff declarou três dias de luto oficial por Campos, ex-ministro do governo do presidente Lula. A aeronave passara por manutenção técnica regular e nenhum problema foi detectado. De estranho, só, que o gravador de vozes da cabine do avião não estava operando, o que gerou suspeitas. O gravador operara normalmente e gravara várias conversações na cabine, mas nada gravou no dia da tragédia. O avião já passara por vários proprietários (empresários norte-americanos e brasileiros, representantes de empresas de reputação duvidosa), antes de chegar à campanha dos candidatos Eduardo Campos e Marina Silva.

Para alguns comentaristas brasileiros, há forte probabilidade de que tenha havido um atentado, que resultou no assassinato de Eduardo Campos. Antes da tragédia, o avião foi usado pela agência antidrogas dos EUA, Drug Enforcement Administration (DEA). Enviados de antigos proprietários do avião tiveram acesso ao local do acidente, sob os mais diferentes pretextos. Difícil não conjecturar se teria havido agentes dos EUA por trás da tragédia. Mas ainda não se sabe exatamente sequer o que aconteceu. Saber quem fez, se algo foi feito,  demorará ainda mais.

O avião decolou do Rio de Janeiro, onde opera uma estação da CIA, em território do consulado dos EUA. Não há dúvidas de que aquele escritório é usado pela Agência. Talvez os serviços especiais do Brasil devessem dar atenção especial a personagens que rapidamente deixaram o país, imediatamente depois da tragédia em Santos. A morte de Eduardo Campos teve efeito instantâneo sobre a candidatura do Partido Socialista: Eduardo Campos jamais passara dos 9-10% de preferência nas pesquisas, mas Marina Silva rapidamente surgiu com 34-35%, na votação em primeiro turno. Agora, se prevê que a eleição seja levada para o segundo turno.

O principal problema de Marina Silva é que é sempre difícil entender quais seriam suas reais intenções e projetos. É uma espécie de ‘imprecisão’ que se observa constantemente no discurso de candidatos promovidos pelos EUA. Marina Silva  mudou de lado, sempre muito dramaticamente, inúmeras vezes. Ao unir-se a Eduardo Campos, por exemplo, a candidata várias vezes se manifestou a favor de manter bem longe do Brasil as ideias de Chavez (Hugo Chavez – falecido presidente da Venezuela, conhecido pelas convicções socialistas e políticas de esquerda). Mas ela serviu ao governo do presidente Lula, conhecido e muito respeitado defensor do chavismo. (...)

De fato, ao tempo em que a campanha avança e as eleições aproximam-se, Marina Silva vai-se tornando cada vez mais neoliberal. Já disse que não vê sentido em fazer dos BRICS um centro de poder multipolar, nem em apressar a implementação de medidas já decididas dentro do bloco, como criar um banco de desenvolvimento, um fundo de reserva, etc. Já manifestou ‘dúvidas’ sobre o Conselho Sul-americano de Defesa, e diz, em discussões com assessores íntimos, que quer dar menos atenção ao Mercosul e à Unasul (União das Nações Sul-americanas, união intergovernamental em que se integram duas uniões aduaneiras, o Mercosul e a Comunidade de Nações Andinas, como parte do processo de integração sul-americana). Para Marina Silva, mais importante é desenvolver relações bilaterais com os EUA.

Fato é que os brasileiros estão já habituados a quase 20 anos de progresso social no país, com os governos do presidente Lula e da presidenta Rousseff. A população é ouvida, as reformas acontecem, o que foi prometido está sendo construído, o Brasil vive tempos de estabilidade e de avanços.

Se Marina Silva chegar à presidência (George Soros, magnata  norte-americano, investidor e filantropo, tem alimentado a campanha dela com quantidade significativa de fundos), deve-se contar com o fim de vários programas sociais e políticos, o que pode vir a gerar grave descontentamento popular.  Há quem diga que os escritórios dos EUA no Brasil estão repletos de agentes dos serviços especiais, encarregados de ‘gerar’ ‘protestos’ naquele país. ***** 


* Nil Nikandrov é jornalista, russo, trabalha em Moscou e cobre questões de política latino-americana; é conhecido crítico da devastação que governos neoliberais promoveram em economias nacionais por todo o planeta. É autor da primeira biografia de Hugo Chávez em russo (NTs, com informações de http://www.4thmedia.org/category/nil-nikandrov/).

[1] Sobre o prêmio, ver http://en.wikipedia.org/wiki/Goldman_Environmental_Prize . Além de Marina Silva, outro brasileiro  recebeu esse prêmio, um “Carlos Alberto Ricardo”, fundador da ONG “Instituto Socioambiental”, em 1992, como se lê em http://en.wikipedia.org/wiki/Carlos_Alberto_Ricardo [NTs].

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Chile: El otro terrorismo

As tentativas de desestabilização dos países da América Latina não são nenhuma novidade. Reproduzo esta interessante reflexão publicada em SIN PERMISSO

Oscar Cornejo Rideau
El atentado ocurrido en el Metro es un hecho gravísimo y enteramente condenable, eso no está en discusión. Sin embargo, a raíz de este lamentable acontecimiento han proliferado otros hechos que son aún más inquietantes y ante los cuales se debe estar en máxima alerta, sobre todo, porque ellos sí que tienen la capacidad de alterar severamente el estado de derecho y la vida de las personas.
Luego de la explosión, los medios se han dado una suerte de festín sensacionalista y han presentado hipótesis de todo tipo, conectando gratuitamente sucesos que no tienen ningún tipo de relación lógica, por ejemplo, los robos de cajeros automáticos con los avisos de bomba, o el asalto del camión Brinks en el aeropuerto, con los paquetes sospechosos encontrados en el metro.
En medio de este frenesí conspirativo, que es bastante esperable en esta situación, se le ha dado tribuna a ciertas voces que bajo el título de expertos, han dado declaraciones francamente inaceptables. Por mencionar sólo una, en canal 13, en una entrevista en vivo que duró cerca de dos horas, el señor Jorge Valdés, experto en seguridad, declaró reiteradamente que era urgente que la ley antiterrorista se volviera más severa, incorporando facultades tales como la infiltración de agentes del Estado en “las juntas de vecinos, los sindicatos y las universidades”, porque, según él, una gran organización terrorista con “formación en Chile y en el extranjero” estaba detrás de “todas las explosiones” y buscaba “imponer el terror” en la nación. A su juicio, era “evidente que estos grupos estaban instruidos por el grupo Lautaro y diversas organizaciones anarquistas”, que ahora se sentían con plena libertad de actuar. Estas atribuciones debían, de ser necesario, ejercerse inmediatamente, incluso si la ley no las contemplaba.
Con un tono similar, el ex jefe nacional de inteligencia sostenía que el ministro Hinzpeter había sido injustamente criticado por querer imponer “mano dura” en medio del clima de caos que imperaba en el país, y que fue un profundo error no aplicar la ley antiterrorista toda vez que fue necesario, por ejemplo, en los atentados de la Araucanía.
Estas declaraciones se suman a otras que afirmaban todo tipo de cosas, como la necesaria incorporación de tropas especiales en el conflicto mapuche, la eliminación de las “excesivas garantías” para los encapuchados, hasta barbaridades dichas por peatones entrevistados “al azar” que iban desde “sacar los militares a la calle” hasta el retorno de la detención por sospecha. Todas ellas seguidas de las repeticiones de desafortunados reportajes sobre grupos anárquicos, algunos con errores tan groseros como aquel que afirmaba, sin tapujo, que dentro de las facciones más peligrosas de los “terroristas”, se encontraban los denominados “veganos”.
En todo esto el gobierno tampoco se ha quedado atrás, invocando sucesivas veces la ley antiterrorista, la misma que se había comprometido a no usar y que ha recibido severas críticas de parte de los organismos internacionales por vulnerar los derechos humanos, la proporcionalidad de la pena, la no discriminación racial, entre otros principios mínimos de justicia.
Más allá de los ejemplos, que son muchos, urge que la ciudadanía esté extremadamente atenta al posible uso malintencionado de los acontecimientos que hacen ciertas personas cuyos fines políticos e ideológicos no son precisamente los de proteger a la ciudadanía, sino los de propiciar un falso clima de pánico en donde se justifique la vulneración de garantías constitucionales y se criminalicen los movimientos sociales, evadiendo las demandas de fondo que han sido sostenidas por la población.
La conexión inescrupulosa de acontecimientos que pretende poner en un mismo saco al nuevo gobierno, a la delincuencia, a los estudiantes, a los mapuches y a la desaceleración de la economía, no es una estrategia nueva en la política nacional, sino que forma parte del repertorio común de los grupos minoritarios cuando ven sus intereses amenazados por el empoderamiento de los ciudadanos. Son estos los que, pese a no andar encapuchados y a usar armas más refinadas que las latas de jurel con pólvora, conforman las verdaderas asociaciones terroristas que padece el país.
La principal recomendación en esta situación es permanecer en constante sospecha, condenando severamente el ataque de inocentes, mas no dejándose atrapar por la verborrea de sectores tanto o más extremistas que los autores del atentado, pues únicamente una ciudadanía crítica puede estar realmente a salvo del terrorismo, en cualquiera de las múltiples formas en las que se presente.
Oscar Cornejo Rideau, estudiante de humanidades, ensayista.