PenseLivre On Line

Como dizia apropriadamente Samuel Wainer: A PENA É LIVRE, MAS O PAPEL TEM DONO.
Os blogs permitem que, por algum momento, possamos ter a pena livre e, ao mesmo tempo, ter a propriedade do papel.
Neste blog torno públicas algumas reflexões pessoais, textos e publicações pinçadas da web e que me fizeram pensar e repensar melhor a realidade.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Niedja Amorim, mãe social

Niedja é minha irmã. Já tive algumas oportunidades de conviver alguns dias com ela e seus "filhos". Impressiona a harmonia do grupo e a forma como ela consegue trabalhar os conflitos próprios da idade desses jovens com quem ela convive desde a infância. A música e o Bolshoi é o habitat natural onde desabrocham esses talentos ressgatados da base da pirâmide social. Parabéns, mana, você já entrou para a história.

Transcrevo o texto publicado na FOLHA.com.

Dez adolescentes moram com mãe social para estudar balé

IURI DE CASTRO TÔRRES

DO ENVIADO A JOINVILLE (SC)

Niedja Amorim de Andrade tem três filhos biológicos e dez "adotados".
Ela é a mãe social de uma dezena de adolescentes de João Pessoa que
estudam no Bolshoi.

A jornada maternal da advogada e assistente social começou em 2003,
quando a ela foi incumbida a tarefa de cuidar das dez crianças que foram
aprovadas no balé, que são patrocinadas pela prefeitura de João Pessoa.

Desde o começo, ela é responsável por zelar por eles. "Desempenho o papel de mãe nos aspectos físicos e emocionais", diz.

E como é morar numa casa com dez adolescentes? "É uma confusão", admite.

"Mas também é muita alegria poder compartilhar com eles momentos
importantes, como os meninos fazendo a barba pela primeira vez."


Os jovens de João Pessoa com sua mãe social, Niedja


Os jovens, no entanto, parecem gostar. Anielle Rolim, 17, diz que ganhou
nove irmãos. Para Iure Dias, 17, a intimidade é tão grande que nem rola
paquera. "Você vê as meninas acordando descabeladas", brinca.

"É uma oportunidade única para eles", avalia Niedja. "Muitos vieram de

famílias de risco social e o balé é uma porta para o futuro."

"Algumas coisas só conto para minha mãe social", assume Anielle. "Vai

ser muito difícil dar tchau para eles quando isso terminar", diz,
emocionada, Niedja.


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